Cigarro e Capacidade aeróbica!

Artigo com conteúdo médico alertando para os perigos do tabagismo.

MEDICINA

6/16/20242 min read

Você é fumante?

Se você é fumante e costuma ficar ofegante ou, como popularmente de diz, com o “fôlego curto” quando se aventura a uma atividade física mais arrojada ou subir escadas, algo está errado. Você pode ter até 12% a menos de capacidade aeróbica, ou seja, o transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do seu corpo. Mas por que isso acontece? Antes de mais nada é preciso lembrar o processo de respiração. Após a inspiração, o ar segue pelos brônquios e de lá para os alvéolos, nos quais, por diferença de pressão dos gases, acontece a troca do oxigênio inspirado com o ar, pelo gás carbônico do sangue acumulado no corpo, que será expirado pelo indivíduo. Para ser transportado para os tecidos, o oxigênio se liga a uma proteína, a hemoglobina, e forma a “oxihemoglobina”. Até aí tudo bem. Mas para os fumantes todo esse processo fica alterado. A fumaça dos cigarros contém monóxido de carbono, e a hemoglobina tem 200 vezes mais afinidade por ele do que pelo oxigênio. Forma-se então um composto chamado “carboxihemoglobina”, que não transporta oxigênio para os tecidos e sim gás carbônico. E até 12% das hemoglobinas podem ficar comprometidas pelo monóxido de carbono. O que vai acontecer então no organismo do fumante? Vamos exemplificar: quando um fumante vai andar de bicicleta, durante o exercício de pedaladas, o folego fica curto e a musculatura das pernas submetidas ao esforço, fica sem o seu alimento principal, o oxigênio. Como resultado, o coração começa a bater mais forte e mais apressado para bombear mais sangue oxigenado para as pernas. Mas, como o sangue tem mais monóxido de carbono do que oxigênio, a musculatura não se refaz, as pernas doem e o indivíduo fica ofegante e tem que parar o exercício. Então é melhor parar para não sacrificar o corpo. Além disso, como agravante, outro dano grave à respiração do fumante são as 4720 substâncias químicas que compõem a fumaça quente aspirada durante a combustão, as quais irritam a mucosa da árvore respiratória, brônquios e bronquíolos, o que dificulta ainda mais a passagem do ar para realizar as trocas gasosas. É a chamada “bronquite crônica tabágica”. Com o passar dos anos a inflamação destrói os alvéolos pulmonares e o fumante desenvolve o “enfisema pulmonar”, uma doença irreversível e incapacitante. Para detectar essa condição todos os fumantes deveriam sistematicamente, anualmente, fazer um exame chamado “Espirometria”, que mede a capacidade pulmonar do individual e fornece o prognóstico da doença pulmonar e uma (TC) Tomografia Computadorizada do tórax.